terça-feira, 8 de abril de 2008

Pode falar da Globo de novo?

Domingo à noite, aquela velha cena. Sofá, enfado e TV ligada vendo o quê? Fantástico!
Na pauta, um pediatra com dicas milagrosas para as crianças não fazerem escândalos; os gols da rodada do campeonato estadual, uma atriz entrevistada... Aquelas velhas coisas. Mas, eis que no meio dessa pasmaceira toda, uma matéria me chamou atenção. Calma, ela não era boa, era só uma daquelas reportagens em que a globo deixa claro, mais uma vez, seu cinismo ao lidar com a coisa pública, até a última instância. A matéria era sobre guardadores de carros, que estavam fazendo grandes negócios ao cobrarem uma taxa aos motoristas que estacionam os veículos nas ruas do Rio de Janeiro. Algumas frases me chamaram atenção como ‘’donos da rua’’, ‘’privatizaram o espaço publico’’; ‘’lotearam as vagas’’; ‘’falta fiscalização’’. Um dos entrevistados afirma que é um absurdo, e que é inadmissível a sociedade lidar com esse tipo de gente. Além disso, descobriu-se que policiais estavam envolvidos, etc e tal. Só sei, que no mesmo instante me veio aquela antiga e nebulosa questão das concessões dos canais de televisão... Vocês devem saber que não só a globo, mas a Record, o SBT, as redes TV, só funcionam graças a uma concessão pública. Isso mesmo, p-ú-b-l-i-c-a, todos pagam para os canais televisivos mostrarem o quiserem, na hora que quiserem. Se é público, todos têm direito a participação no processo de produção da programação, toda sociedade tem que ser ver representada... não era pra ser assim? Mas o que a gente vê, são verdadeiros oligopólios, capitanias hereditárias da informação. Eureka! (ainda se diz isso?) a globo faz a mesma coisa que os guardadores de carros (certo que em circunstancias bem diferentes e proporções maiores). Eles são que são os donos da rua, eles privatizam o espaço público, eles que loteiam as ondas dos satélites e compram o direito de todos! Se era pra todo mundo falar no canal, já que é publico, só eles que falam! E pode ter certeza Globo, falta fiscalização e sobram negociatas feitas à boca pequena! E eu como autora do texto concordo com o entrevistado: é um absurdo! e como é que a gente deixa que um parcelazinhainha da população fale pra um montãozão?! E devem ter pessoas peso pesado envolvidas nisso.
Gente, a concessão dos canais televisivos é pública!! Vocês me ouviram? E elas foram renovadas novamente em outubro do ano passado, tiveram atos para reivindicar transparência na renovação, porém acredito que nem alguns dos meus colegas do curso de jornalismo sabiam disso. Mais 15 anos de desmandos no nosso direito de nos comunicar. Vamos batalhar, vamos exigir o nosso direito de nos ver, de fato, na tela da TV. Ou vocês acham que a gente se vê por aqui?

segunda-feira, 7 de abril de 2008

RÁDIOS COMUNITÁRIAS: "SEM A NOSSA VOZ NÃO HÁ DEMOCRACIA".Nota Informativa das RÁDIOS COMUNITÁRIAS ao povo pernambucano

Gente, é importante a leitura desta nota....pois além de saber que tem muita gente lutando pelo direito de se comunicar, tem outras querendo barrar isso com histórias da carochinha!

No último dia 17 de março a Polícia Federal e a Agência Nacional deTelecomunicações – ANATEL percorreram a região metropolitana do Recife e ointerior do estado, com 18 equipes, na chamada operação: "Segurança noAr!", segundo uma denúncia de interferência na comunicação do AeroportoInternacional dos Guararapes. Esta ação foi amplamente divulgada pelastelevisões, rádios e jornais locais, nos acusando de CLANDESTINIDADE, decolocarmos em risco o TRÁFEGO AÉREO e de CONCORRÊNCIA DESLEAL.Esclarecemos que não somos clandestinas, pois toda a comunidade sabe nossoendereço, além de nos dar LEGITIMIDADE na defesa dos direitos e na práticadiária do exercício da comunicação comunitária.Não interferimos no tráfego aéreo, pois nossos equipamentos sãoAUTORIZADOS E HOMOLOGADOS pelo Ministério das Comunicações, que determinaa potência de 25wts conforme a legislação federal. Asrádios comerciais, por exemplo, trabalham com potências MAIORES. Comosustentar esta informação se dos 56 mandados, apenas 6 rádios estavam emtorno do Aeroporto, e quantas destas derrubaram aviões? Respondemos:NENHUMA!Quanto à concorrência desleal, nota-se o pouco conhecimento acerca dasrádios comunitárias, pois lutamos para garantir a sustentabilidade atravésdos apoios culturais, que nos ajudam a pagar as despesas de água, luz etelefone. Somos voluntários e voluntárias, como determina a Lei das RádiosComunitárias (9.612/98).Nossa existência surgiu, justamente da necessidade de desenvolveratividades que contribuíssem para transformar a comunidade e potencializaressa transformação para fortalecimento e consciência dos moradores emoradoras na busca de sua identidade cultural e política, através de suaprópria voz.Agradecemos a todos e todas que compreendem o nosso papel, que nosincentivam, que nos defendem nas comunidades e contribuem no dia-a-dia coma nossa existência.Agradecemos também, aos movimentos sociais, aos artistas independentes, asONG's, as entidades nacionais e internacionais que defendem o direitohumano a comunicação e aos parlamentares que defendem em seus mandatos aluta das rádios comunitárias.Agradecemos a nossa família que ao longo desses anos tem sofrido conosco,a perseguição promovida pelas campanhas freqüentes da grande mídia, quenos humilha e criminaliza pelo fato de estarmos exercendo legitimamente onosso direito a comunicação, conforme determina a Constituição Federal de1988.VIVA AS RÁDIOS COMUNITÁRIAS!VIVA O DIREITO HUMANO À COMUNICAÇÃO!ABRAÇO-PE - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS RÁDIOS COMUNITÁRIAS - PEAMARC- ASSOCIAÇÃO MUNDIAL DAS RÁDIOS COMUNITÁRIASFERCOM – FEDERAÇÃO DAS RÁDIOS COMUNITÁRIAS DE PERNAMBUCOARPE - ASSOCIAÇÃO DAS RÁDIOS POPULARES DE PERNAMBUCO

sexta-feira, 4 de abril de 2008

em busca do maravilhoso, por entre os fios da loucura citadina.
tenho em mim o mundo, tenho em mim tudo que cerca tudo.
aquilo que não tem nome (e tem vários) explode em mim
e eu vejo luzes em minhas veias.
vejo o maravilhoso em você, vejo o absurdo e o milagre de estarmos vivos!
procurava por coisas interessantes, achei.
e nem estava tão longe.