quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

aquilo que chamam de nostalgia

nunca me atrevi a descrever a nostalgia.
mas hoje eu transbordo. é tardezinha, o céu é rosa e amarelo, os raios do sol ficam mais coloridos e amenos. olho pela janela, os raios me tomam, o vento me toma, comtemplo o mundo. pequenas explosões de sentimentos me tomam. é um estado de graça, uma epifania, uma alegria incomensurável de estar viva. é uma dor funda, uma pancada no coração, uma vontade constante de chorar de tristeza ( mas que no fundo também é alegria). me parece que são camadas de sentimentos que se confudem, que não são delimitadas, maleáveis, embreagáveis, tempestade de brisa.
parece que deram pausa e nesse momento só existe eu. eu parada na janela, vendo os carros na avenida, sentindo o sol, sentindo tudo. parece que nesse momento eu tenho a companhia do mundo todo, a arvore da frente é minha amiga, os motoristas que buzinam compartilham comigo, tenho a noção do quanto amo as pessoas e do quanto esse amor me faz bem: ''I know more than I knew before''.

2009

TEMPO. . .


Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.
Industrializou a esperança
fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano
se cansar e entregar os pontos.

Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez
com outro número e outra vontade de acreditar
que daqui para adiante vai ser diferente...

...Para você,
Desejo o sonho realizado.
O amor esperado.
A esperança renovada.

Para você,
Desejo todas as cores desta vida.
Todas as alegrias que puder sorrir.
Todas as músicas que puder emocionar.

Para você neste novo ano,
Desejo que os amigos sejam mais cúmplices,
Que sua família esteja mais unida,
Que sua vida seja mais bem vivida.

Gostaria de lhe desejar tantas coisas.
Mas nada seria suficiente...

Então, desejo apenas que você tenha muitos desejos.
Desejos grandes e que eles possam te mover a cada minuto,
ao rumo da sua FELICIDADE!!!

(Carlos Drummond de Andrade)

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

dois

meu coração é dividido:
um é selvagem
outro é de vidro.

domingo, 23 de novembro de 2008

não se preocupe pessoa,
se eu lhe disse que as coisas de uma forma ou de outra acabam acontecendo.
e que se a gente duvidar até de bula de remédio, estamos perdidos?

terça-feira, 18 de novembro de 2008

BoM Djia, SenhOra jULiÂnaNN

trim, trim...
o telefone toca, enquanto eu estava concentrada fazendo não sei o quê. Mas, enfim, eu tava concentrada e quando o telefone tocou, eu tive uma certeza, eu não queria atender.Mas, eu sozinha em casa, logo toda a responsabildiade de atender aquela coisa irritante era toda minha. Vou quase me arrastando até a sala.
- Alô? (tranduzindo, oi não estou com um pingo de paciência pra falar com você)
- Alôrrr? SEnHoRa JuLiÂnan LiNNs?
- É ela ( puta que pariu!)
- Oi JuLiÂnann, aqUi é Do Ibi CArrrrrrrd, bÔa Tarrrdje, tUdO BoM cOm A SeNHoRA?
- Aqui é dia ainda. Tudo bom sim.
-Ah, DjIscUlPa,Mas QuE BoM quE Ta tUdO bOM CoM a sEnHoRA.
-.
- oLHA , eSTaMos tChE lIgânnnDo, pRA dIZer qUe vOcÊ Foi sOrtEaDa PaRa GaNHaR o caRRRtãO IbI cArrrD, VoCe FoI TELEFONADA pOr SuA bOUa rElaÇão CoM o cOmeRRRcIO. o cArTâo iBi CArrrD oFeRECe AunUIDADE grATuiTA, cOM tODas aS tAxas De ISeNçÃo FSIcAL. E vOCÊ pODjE TEr 40% pOr Cennto De DesConTo NAS lOjAS c&a.
- hum. ( como é que esse povo descobriu meu telefone, pra dizer TXHARAN, você acaba de ser TELEFONADA pra ganhar um cartão, é muito abuso).
- BlÁbLáBláBLLÁBLáBláBlá... (ad infinitum)
- Obrigada, mas não tenho interesse.
- Mas SeNhOra JulIÂNAAANN vOcE Vai dEixAr uMA oPOrTunIdADe DESSas pAAssAr? VoCÊ JÁ tEm Carrrtão?
- Já.
- VoCÊ pAGA aNUiDaDjE?
- Não ( mentira, nem sei disso)
- EnTÃO SeNhOra JulIÂNa. FinAL dO ANo Ta cheganDO e vOCÊ pode VeR qUe o NoSSo CarrtÃO oFerEcE vária VantAGENs.
-é, mas não vou querer. ( coitada, ela deve ganhar alguma comissão por pessoas que ela convence e enviar o cartão, mas é muito abuso, eu não pedi! essa galaera faz de tudo pra ganhar dinheiro)
- vOcÊ vai NeGar uM cARRRTão IntEirMente gratuito Que Vai cHEGaR aí na sua Casa?
- Como vocês descobriram meu número?
- VoCê Foi TELEFONADA POrr ManTeR Uma bOA rELação Com O cOMEERRcIO...
- Ok, Muito obrigada, mas não vou querer (por que eu to agradecendo?)
- Ok SenHoRA jUliânANN, Tenha umA bOA tarrde
- Bom dia. ( ainda não tem respeito com o fuso horário!)
- tututu.

Vou instalar uma bina rastreadora de telemarketing, pra não ser mais TELEFONADA.

domingo, 9 de novembro de 2008

nostalgia de um tempo que virá

ah meu filho, o sonho dourado da minha juventude era:
passar num concurso público.






( ha ha ha - risada sarcástica)

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

ai...

Tem aquelas épocas que vocês nem respira, que você ta no meio do turbilhão, no olho do furacão... é exatamente onde me encontro. Não posso ver praia seja em tv, revista, jornal, outdoor, que em 1 segundo eu já planejei minhas férias inteiras! E pra não ficar sofrendo com essas tentações eu evito pensar nessa semântica. Daí quando alguém vem puxar um assunto do tipo ‘’quero férias’’, eu respondo um ‘’nem me fale’’. Falar essa frase é bom, porque além dela traduzir o que eu quero literalmente, ela põe um ponto final no assunto. Você não fica elocubrando como vão ser suas férias, e ai...o mar, e ai....o sol, e ai...a cerveja e ai... ta bom! Deixa isso pra quando eu me livrar de tudo.
Ok, sou Caxias, mas é porque meu pé na vagabundagem é graaaande! Se abrir um espacinho, pronto! Me entrego a boemia de vez.
Nem me fale.

sábado, 27 de setembro de 2008

Para Carolina de Chico Buarque

eu não sei o que fazer, quando essa coisa estronda, aqui, no meu peito
e eu sinto tanto e muito. é agudo e sem fundo. olho na janela, que nem Carolina.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

O que dizer da Veja?

Gente, essa matéria da revista Veja tá dando o que falar. Eu , particularmente, quase vomitei lendo... O que mais me deixa p. é que esse veículo diz que faz jornalismo imparcial e objetivo :O.... a matéria é grande, mas vale a pena, para se ter propriedade quando for falar mau da Veja.
Aí vai:

'' Prontos para o século XIX

Muitos professores e seus compêndios enxergam o mundo
de hoje como ele era no tempo dos tílburis. Com a justificativa
de "incentivar a cidadania", incutem ideologias anacrônicas
e preconceitos esquerdistas nos alunos


Monica Weinberg e Camila Pereira

Tema para reflexão: vale a pena usar chocadeiras artificiais para acelerar a produção de frango? Deu-se com isso o início de uma das aulas de geografia no Colégio Ateneu Salesiano Dom Bosco, de Goiânia, escola particular que aparece entre as melhores do país em rankings oficiais. Da platéia, formada por alunos às vésperas do vestibular, alguém diz: "Com as chocadeiras, o homem altera o ritmo da vida pelo lucro". O professor Márcio Santos vibra. "Você disse tudo! O homem se perdeu na necessidade de fazer negócio, ter lucro, exportar." E põe-se a cantar freneticamente Homem Primata / Capitalismo Selvagem / Ôôô (dos Titãs), no que é acompanhado por um enérgico coro de estudantes. Cena muito parecida teve lugar em uma classe do Colégio Anchieta, de Porto Alegre, outro que figura entre os melhores do país. Lá, a aula de história era animada por um jogral. No comando, o professor Paulo Fiovaranti. Ele pergunta: "Quem provoca o desemprego dos trabalhadores, gurizada?". Respondem os alunos: "A máquina". Indaga, mais uma vez, o professor: "Quem são os donos das máquinas?" E os estudantes: "Os empresários!". É a deixa para Fiovaranti encerrar com a lição de casa: "Então, quem tem pai empresário aqui deve questionar se ele está fazendo isso". Fim de aula.

Os dois episódios, ambos presenciados por VEJA, não são raridade nas escolas brasileiras. Ao contrário. Eles exemplificam uma tendência prevalente entre os professores brasileiros de esquerdizar a cabeça das crianças. Parece bobagem, uma curiosidade até pitoresca num mundo em que a empregabilidade e o sucesso na vida profissional dependem cada vez mais do desempenho técnico, do rigor intelectual, da atualização do pensamento e do conhecimento. Não é bobagem. A doutrinação esquerdista é predominante em todo o sistema escolar privado e particular. É algo que os professores levam mais a sério do que o ensino das matérias em classe, conforme revela a pesquisa CNT/Sensus encomendada por VEJA. Pobres alunos.


Eles estão sendo preparados para viver no fim do século XIX, quando o marxismo surgiu como uma ideologia modernizante, capaz não apenas de explicar mas de mudar o mundo para melhor, acelerando a marcha da história rumo a uma sociedade sem classes. Bem, estamos no século XXI, o comunismo destruiu a si próprio em miséria, assassinatos e injustiças durante suas experiências reais no século passado. É embaraçoso que o marxismo-leninismo sobreviva apenas em Cuba, na Coréia do Norte e nas salas de aula de escolas brasileiras. As chocadeiras produzem os frangos vendidos a menos de 5 reais nos supermercados brasileiros, e isso propicia a dose mínima de proteína a famílias que, de outra forma, estariam mal nutridas. A realidade não interessa nas aulas como a do professor Márcio Santos. O que interessa? Passar a idéia de que as máquinas tiram empregos. Elas tiram? Tiraram no começo dos processos de robotização e automação de fábricas nos anos 90. Hoje, sem robôs e máquinas, os empregos nem sequer seriam criados. Mas dizer isso pode desagradar ao espírito do velho barbudo enterrado no novo Cemitério de Highgate, em Londres. Os professores esquerdistas veneram muito aquele senhor que viveu à custa de um amigo industrial, fez um filho na empregada da casa e, atacado pela furunculose, sofreu como um mártir boa parte da existência. Gostam muito dele, fariam tudo por ele, menos, é claro, lê-lo – pois Karl Marx é um autor rigoroso, complexo, profundo que, mesmo tendo apenas uma de suas idéias ainda levada a sério hoje – a Teoria da Alienação –, exige muito esforço para ser compreendido. "A salada ideológica resulta da leitura de resumos dos grandes pensadores", diz o filósofo Roberto Romano. Gente que vê maldade em chocadeiras e mal em empresários que usam máquinas em suas fábricas no século XXI não pode ter lido Karl Marx. É de supor que não tenham lido muito, quase nada. Mas são esses senhores que ensinam nossos filhos nas melhores escolas brasileiras – sem, diga-se, que os pais se incomodem com isso.

A pesquisa CNT/Sensus ouviu 3 000 pessoas de 24 estados brasileiros, entre pais, alunos e professores de escolas públicas e particulares. Sua conclusão nesse particular é espantosa. Os pais (61%) sabem que os professores fazem discursos politicamente engajados em sala de aula e acham isso normal. Os professores, em maior proporção, reconhecem que doutrinam mesmo as crianças e acham que isso é sua missão principal – algo muito mais vital do que ensinar a interpretar um texto ou ser um bamba em matemática. Para 78% dos professores, o discurso engajado faz sentido, uma vez que atribuem à escola, antes de tudo, a função de "formar cidadãos" – à frente de "ensinar a matéria" ou "preparar as crianças para o futuro". Muito bonito se não estivessem nesse processo preparando os alunos para um mundo que acabou e diminuindo suas chances de enfrentar a realidade da vida depois que saírem do ambiente escolar. Para atacar um problema, o primeiro passo é reconhecer sua existência. Esse é o mérito da pesquisa CNT/Sensus.


Adversária do exercício intelectual, a ideologização do ensino pode ser resultado em parte também do despreparo dos professores para o desempenho da função. No ensino básico, 52% lecionam matérias para as quais não receberam formação específica – 22% deles nunca freqüentaram faculdade. Para esses, os chavões de esquerda servem como uma espécie de muleta, um recurso a que se recorre na falta de informação. "Repetir meia dúzia de slogans é muito mais fácil do que estudar e ler grandes obras. Por isso, a ideologização é mais comum onde impera a ignorância", diz o historiador Marco Antonio Villa. A questão não é exatamente nova na educação. Meio século atrás, a filósofa alemã Hannah Arendt já alertava para o equívoco de fazer das aulas um lugar para a doutrinação ideológica, qualquer que fosse o matiz. Em A Crise na Educação, ela dizia: "Em vez de (o professor) juntar-se a seus iguais, assumindo o esforço da persuasão e correndo o risco do fracasso, há a intervenção ditatorial, baseada na absoluta superioridade do adulto". Ao refletirem sobre o atual cenário, os especialistas concordam com a idéia central da filósofa. Está claro, e a própria experiência mostra isso, que o viés político retira da escola aquilo que deveria, afinal, ser seu atributo número 1: ensinar a pensar – verbo cuja origem, do latim, significa justamente pesar. Diz o sociólogo Simon Schwartzman: "O verdadeiro exercício intelectual se faz ao colocar as idéias e os juízos numa balança, algo que só é possível com uma ampla liberdade de investigação e de crítica".


Não é o caso na maioria das salas de aula. Muitos professores brasileiros se encantam com personagens que em classe mereceriam um tratamento mais crítico, como o guerrilheiro argentino Che Guevara, que na pesquisa aparece com 86% de citações positivas, 14% de neutras e zero, nenhum ponto negativo. Ou idolatram personagens arcanos sem contribuição efetiva à civilização ocidental, como o educador Paulo Freire, autor de um método de doutrinação esquerdista disfarçado de alfabetização. Entre os professores brasileiros ouvidos na pesquisa, Freire goleia o físico teórico alemão Albert Einstein, talvez o maior gênio da história da humanidade. Paulo Freire 29 x 6 Einstein. Só isso já seria evidência suficiente de que se está diante de uma distorção gigantesca das prioridades educacionais dos senhores docentes, de uma deformação no espaço-tempo tão poderosa que talvez ajude a explicar o fato de eles viverem no passado.

Entre as figuras históricas e da atualidade mais citadas em classe está, como não poderia deixar de ser, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As referências a Lula são contidas. O presidente brasileiro obtém aprovação menor entre os professores, segundo relatam os estudantes, do que aquela com que a sociedade brasileira em geral o brinda. Ele tem 70% de avaliação positiva dos brasileiros, mas na boca dos professores esse índice cai para 30% – com 27% de citações negativas e 43% de neutras. Ressalte-se aqui que é um ponto louvável para os mestres o fato de, como mostram os números relativos a Lula, eles não fazerem proselitismo eleitoral em classe – mesmo que seja preciso relevar o fato de o ditador venezuelano Hugo Chávez ter merecido 51% de citações positivas. A neutralidade e o comedimento em relação a Lula desautorizam a interpretação de que os professores tentam direcionar o voto dos alunos, o que seria desastroso. É sinal de que sua pregação, mesmo equivocada, se mantém no nível das idéias – o que é excelente.


"Eu e todos os meus colegas professores temos, sim, uma visão de esquerda – e seria impossível isso não aparecer em nossos livros. Faço esforço para mostrar o outro lado", diz a geógrafa Sonia Castellar, que há vinte anos dá aulas na faculdade de pedagogia da Universidade de São Paulo (USP) e escreveu Geografia, um dos best-sellers nas escolas particulares (livro que tem dois de seus trechos comentados por VEJA na reportagem seguinte). "Reconheço o viés esquerdista nos livros e apostilas, fruto da formação marxista dos professores. Mas não temos nenhuma intenção de formar uma geração de jovens socialistas", diz Miguel Cerezo, responsável pelo conteúdo publicado nas apostilas do COC (de onde foram extraídos quatro trechos comentados pela revista). À luz de outra pesquisa em profundidade feita pelo Ibope em colaboração com a revista Nova Escola, editada pela Fundação Victor Civita, os professores da rede pública revelam que, para eles, o principal problema da sala de aula é, de longe (77%), a ausência dos pais no processo educativo. Repousam na colaboração entre pais e professores a correção dos rumos do ensino no país e a aceleração da curva de melhora de desempenho que começa a se desenhar. A questão do excesso de ideologização é um desses problemas que podem ser abordados em conjunto por pais e professores. Demanda para o diálogo existe. O advogado Miguel Nagib fundou, há quatro anos, em Brasília, a ONG Escola Sem Partido, com o objetivo de chamar atenção para a ideologização do ensino na sala de aula. Nagib se incomodou com os sinais do problema na escola particular de sua filha, então com 15 anos, onde o professor de história gostava de comparar Che Guevara a São Francisco de Assis. Foi ao colégio reclamar. Diz Nagib: "As escolas precisam ficar sabendo que muitos pais não concordam com essa visão".''

O que dizer?

sábado, 13 de setembro de 2008

dia de sábado à noite

Pão e café
Conversa e coçada de pé
Chuva caindo,
barulho de carro, zunindo
o vigia segue, lá embaixo, sozinho
amanha é domingo
dia de ver o mar.

sábado, 6 de setembro de 2008

metralhadora

Quem de vocês tem um carro? Quem de vocês tem uma casa? Quem de vocês come jaca? Quem de vocês arrota? Que de vocês tem uma opinião? Quem de vocês vai participar do próximo concurso de super gestão industrial? Quem de vocês engole fumaça? Quem de vocês polui? Quem de vocês faz as unhas? Quem de vocês vai fazer concurso publico? E inglês? E francês? E vai pro bar? E vai votar? Quem de vocês matou o menino que cheirava cola? Quem de vocês traça metas? E os objetivos? Quem de vocês viu aquela propaganda? Quem de vocês paga conta? Quem de vocês pega ônibus? Táxi? Avião? Balão? Quem de vocês é machista? Quem de vocês exclui? Quem de vocês vai morrer? Quem de vocês tem ressaca? Que de vocês teve um sonho ruim? Quem de vocês governa? Quem de vocês é capitalista? E socialista? E flamenguista? E sabe a pista? Quem de vocês faz sexo? Quem de vocês faz poesia? Quem de vocês vê novela? Quem de vocês tem tédio no domingo? Quem de vocês toma sopa rala? E macaxeira com nada? Quem de vocês tem calma? Quem de vocês é educado? Quem de vocês sabe o que é ser educado? Quem de vocês é Bush? Quem de vocês é China? Quem de vocês tem doença? Quem de vocês é ativista? Quem de vocês tem cansaço? Quem de vocês já falou palavrão? Quem de vocês é vil? Covarde? Traíra? Quem de vocês é sensato? Quem de vocês já teve estado de graça? Quem de vocês já cantou no chuveiro? Quem de vocês tem chuveiro? quem de vocês apaga a luz?

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

um passo!

Começa nova fase da consulta pública sobre telecomunicações

via JC OnLine - Notícias em 18/08/08

Começa nesta segunda-feira (18) a segunda fase da Consulta Pública
sobre Telecomunicaçõ es. As 2,6 mil contribuições recebidas pelo
Ministério das Comunicações sobre 21 questões específicas e uma de
caráter geral, que orientarão a elaboração da nova política pública
para o setor, estarão disponíveis para avaliação da sociedade na
internet. A avaliação também poderá ser feita por carta. A segunda fase
da consulta traz um novo texto-base, com comentários às contribuições
da primeira fase, consolidando- as em grandes temas. O objetivo do
ministério é mapear as posições e convergir idéias a partir das quais
serão formuladas propostas de implementação de políticas públicas. Os
comentários e sugestões devem ser encaminhados até 16 de setembro por
meio de formulário eletrônico, disponível no site do Ministério das
Comunicações, ou por carta para o endereço: Ministério das Comunicações
- Secretaria de Telecomunicaçõ es - Esplanada dos Ministérios, bloco
"R", 7 andar - Gabinete - CEP 70044-900 - Brasília/DF. Fonte: Agência
Brasil

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Até onde o dinheiro alcança

Cada vez mais eu fico descobrindo o valor do dinheiro numa sociedade capitalista... tem coisas que me revoltam do tipo: comer é uma necessidade básica do ser humano, assim como beber e a gente paga por isso! Não é muito louco que você para sobreviver tem ter dinheiro, papel, dindin, bufunfa? Pode ser um questionamento bem batido, mas meu irmão...é impressionante quando você para pra pensar realmente! Pois é, e o que mais me espanta é como o valor monetário não só interfere nessas coisas materiais, físicas... mas também nas relações, nos sentimentos. Tudo é muito impressionante! É como se ele fosse uma das vigas mestras das construções sociais que nós fazemos.
Pois bem, e aconteceu mais uma coisa nessa loucura de viver, que mais uma vez, me deixou impressionada com a força do vil metal ( meu deus eu nunca entendi tanto essa expressão como agora!). Estou eu participando das solenidades de formatura da faculdade, pagando pra ter baile, missa (?), colação...e a aula da saudade. Todo mundo estuda na mesma sala há 4 anos, todo mundo é da mesma turma, todo mundo...enfim. Mas, só participam das solenidades aqueles que pagaram a agencia lá de organização da festa, pacote 1 o completo e o pacote 2 com ‘’direito’’ a algumas coisas. Ontem foi o dia da minha aula da saudade e eu chamei uma amiga, que é da minha sala, mas que não está participando (não pagou) para ir à aula da saudade... e ela disse que não ia porque não era nem do pacote 1 nem do 2 e eu falei: Clarissa, peraí aula da saudade...né possível, acho que tu deve ir sim...até porque é aula da saudade, deve ser menos formal, e todo mundo devia compartilhar desse momento. Aí ela me falou que era melhor eu perguntar a alguém se era possível isso. Ok, fui perguntar a uma das meninas da comissão...-Oi. Os outros alunos podem ir?. RESPOSTA- NÃO, SÓ OS ALUNOS DO PACOTE 1 E DOIS. Meu deus, fiquei embasbacada com a resposta. Eu acho que se eu perguntasse - Oi, pode ir algum convidado? (tipo minha mãe, meu pai). Capaz da pessoa ter dito um ‘’sim’’ simpático, mas como a convidada era alguém da sala, ou seja um dinheiro a menos, não podia ir! E fiquei mais impressionada ainda é como a empresa que organiza trata tudo com um comercialismo tal e de como a própria comissão reproduz esse comercialismo! O pagamento à empresa importa mais do que aquela pessoa que mal ou bem passou 4 anos do teu lado!Como todo mundo reproduz esses valores de troca monetária. E aula da saudade foi nem de tanta saudade assim...mas isso é pra o próximo capítulo.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

A essa pequena epifania de cada dia

Quero te contar que um dia desses vi um arco-íris inteiro
Um arco completinho, colorindo um céu meio emburrado, cinza.
E é tão difícil ver um arco completo, de um lado a outro.
Me ocorreu agora que quando o arco-íris aparece, pode ser se um momento epifânico
da natureza...
é isso que eu quero te dizer, que tudo, as coisas todas, transbordam de sentido.
Meu filho, viva essa graça, esse arco-íris completinho, esse colorido que sombreia as rochas. Depois páre e pense e agradeça a essa pequena epifania de cada dia.

terça-feira, 27 de maio de 2008

ciranda

vamos nos encontrar
e nos dizer que depois de tanta camada de mofo
há vida ensolarada.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Pode falar da Globo de novo?

Domingo à noite, aquela velha cena. Sofá, enfado e TV ligada vendo o quê? Fantástico!
Na pauta, um pediatra com dicas milagrosas para as crianças não fazerem escândalos; os gols da rodada do campeonato estadual, uma atriz entrevistada... Aquelas velhas coisas. Mas, eis que no meio dessa pasmaceira toda, uma matéria me chamou atenção. Calma, ela não era boa, era só uma daquelas reportagens em que a globo deixa claro, mais uma vez, seu cinismo ao lidar com a coisa pública, até a última instância. A matéria era sobre guardadores de carros, que estavam fazendo grandes negócios ao cobrarem uma taxa aos motoristas que estacionam os veículos nas ruas do Rio de Janeiro. Algumas frases me chamaram atenção como ‘’donos da rua’’, ‘’privatizaram o espaço publico’’; ‘’lotearam as vagas’’; ‘’falta fiscalização’’. Um dos entrevistados afirma que é um absurdo, e que é inadmissível a sociedade lidar com esse tipo de gente. Além disso, descobriu-se que policiais estavam envolvidos, etc e tal. Só sei, que no mesmo instante me veio aquela antiga e nebulosa questão das concessões dos canais de televisão... Vocês devem saber que não só a globo, mas a Record, o SBT, as redes TV, só funcionam graças a uma concessão pública. Isso mesmo, p-ú-b-l-i-c-a, todos pagam para os canais televisivos mostrarem o quiserem, na hora que quiserem. Se é público, todos têm direito a participação no processo de produção da programação, toda sociedade tem que ser ver representada... não era pra ser assim? Mas o que a gente vê, são verdadeiros oligopólios, capitanias hereditárias da informação. Eureka! (ainda se diz isso?) a globo faz a mesma coisa que os guardadores de carros (certo que em circunstancias bem diferentes e proporções maiores). Eles são que são os donos da rua, eles privatizam o espaço público, eles que loteiam as ondas dos satélites e compram o direito de todos! Se era pra todo mundo falar no canal, já que é publico, só eles que falam! E pode ter certeza Globo, falta fiscalização e sobram negociatas feitas à boca pequena! E eu como autora do texto concordo com o entrevistado: é um absurdo! e como é que a gente deixa que um parcelazinhainha da população fale pra um montãozão?! E devem ter pessoas peso pesado envolvidas nisso.
Gente, a concessão dos canais televisivos é pública!! Vocês me ouviram? E elas foram renovadas novamente em outubro do ano passado, tiveram atos para reivindicar transparência na renovação, porém acredito que nem alguns dos meus colegas do curso de jornalismo sabiam disso. Mais 15 anos de desmandos no nosso direito de nos comunicar. Vamos batalhar, vamos exigir o nosso direito de nos ver, de fato, na tela da TV. Ou vocês acham que a gente se vê por aqui?

segunda-feira, 7 de abril de 2008

RÁDIOS COMUNITÁRIAS: "SEM A NOSSA VOZ NÃO HÁ DEMOCRACIA".Nota Informativa das RÁDIOS COMUNITÁRIAS ao povo pernambucano

Gente, é importante a leitura desta nota....pois além de saber que tem muita gente lutando pelo direito de se comunicar, tem outras querendo barrar isso com histórias da carochinha!

No último dia 17 de março a Polícia Federal e a Agência Nacional deTelecomunicações – ANATEL percorreram a região metropolitana do Recife e ointerior do estado, com 18 equipes, na chamada operação: "Segurança noAr!", segundo uma denúncia de interferência na comunicação do AeroportoInternacional dos Guararapes. Esta ação foi amplamente divulgada pelastelevisões, rádios e jornais locais, nos acusando de CLANDESTINIDADE, decolocarmos em risco o TRÁFEGO AÉREO e de CONCORRÊNCIA DESLEAL.Esclarecemos que não somos clandestinas, pois toda a comunidade sabe nossoendereço, além de nos dar LEGITIMIDADE na defesa dos direitos e na práticadiária do exercício da comunicação comunitária.Não interferimos no tráfego aéreo, pois nossos equipamentos sãoAUTORIZADOS E HOMOLOGADOS pelo Ministério das Comunicações, que determinaa potência de 25wts conforme a legislação federal. Asrádios comerciais, por exemplo, trabalham com potências MAIORES. Comosustentar esta informação se dos 56 mandados, apenas 6 rádios estavam emtorno do Aeroporto, e quantas destas derrubaram aviões? Respondemos:NENHUMA!Quanto à concorrência desleal, nota-se o pouco conhecimento acerca dasrádios comunitárias, pois lutamos para garantir a sustentabilidade atravésdos apoios culturais, que nos ajudam a pagar as despesas de água, luz etelefone. Somos voluntários e voluntárias, como determina a Lei das RádiosComunitárias (9.612/98).Nossa existência surgiu, justamente da necessidade de desenvolveratividades que contribuíssem para transformar a comunidade e potencializaressa transformação para fortalecimento e consciência dos moradores emoradoras na busca de sua identidade cultural e política, através de suaprópria voz.Agradecemos a todos e todas que compreendem o nosso papel, que nosincentivam, que nos defendem nas comunidades e contribuem no dia-a-dia coma nossa existência.Agradecemos também, aos movimentos sociais, aos artistas independentes, asONG's, as entidades nacionais e internacionais que defendem o direitohumano a comunicação e aos parlamentares que defendem em seus mandatos aluta das rádios comunitárias.Agradecemos a nossa família que ao longo desses anos tem sofrido conosco,a perseguição promovida pelas campanhas freqüentes da grande mídia, quenos humilha e criminaliza pelo fato de estarmos exercendo legitimamente onosso direito a comunicação, conforme determina a Constituição Federal de1988.VIVA AS RÁDIOS COMUNITÁRIAS!VIVA O DIREITO HUMANO À COMUNICAÇÃO!ABRAÇO-PE - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS RÁDIOS COMUNITÁRIAS - PEAMARC- ASSOCIAÇÃO MUNDIAL DAS RÁDIOS COMUNITÁRIASFERCOM – FEDERAÇÃO DAS RÁDIOS COMUNITÁRIAS DE PERNAMBUCOARPE - ASSOCIAÇÃO DAS RÁDIOS POPULARES DE PERNAMBUCO

sexta-feira, 4 de abril de 2008

em busca do maravilhoso, por entre os fios da loucura citadina.
tenho em mim o mundo, tenho em mim tudo que cerca tudo.
aquilo que não tem nome (e tem vários) explode em mim
e eu vejo luzes em minhas veias.
vejo o maravilhoso em você, vejo o absurdo e o milagre de estarmos vivos!
procurava por coisas interessantes, achei.
e nem estava tão longe.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

indignação

Gente, pra compartilhar com vocês da minha indignação ao ler a coluna
de Robson Sampaio, do caderno Grande Recife, da Folha de Pernambuco.
A forma com que ele legitima, justifica e autoriza a violencia contra os transsexuais é absurda!
No Recife, já foram assassinados 5 transsexuais, seguidamente... e é nesse contexto que o jornalista
escreve esse texto abaixo:

Entre os bandidos
Já são cinco travestis mortos em menos de um mês. Claro, que ninguém pode e não tem o direito - nem cristão nem constitucional - de tirar a vida de alguém. Mas, sabe-se que travestis e prostitutas vivem no meio da criminalidade. Todo mundo sabe.
Pra turista
A maioria dos travestis assalta nas avenidas e ruas do Recife e Grande Recife. Além disso, se envolvem com o tráfico de drogas e de armas e dão cobertura aos bandidos. E a Polícia nada faz. Aliás, faz: blitze, de vez em quando, para turista ver.



Coluna Folha da Cidade, 13.02.2008

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

pequena oração a eu mesma

agora procuro por coisas delicadas. Procuro por pequenos momentos de epifania, a hora da graça, procuro por aquele momento que a vida e toda sua beleza se manifesta e eu me sinta completamente inteira de alma. Pequenos poemas, pequenas músicas, procuro por cantos suaves, por abraços aconchegantes... talvez eu até queira ficar só. Talvez seja até melhor, para que a dominação da aspereza, que vai tomando conta da alma quando não cuidamos bem dela, saia de mim e me liberte. É bom para que eu contemple de novo o divino, pra que eu chegue perto de deus. Para que eu volte a saudar a natureza, para que eu sagre as pequenas ternuras cotidianas. E de novo voltarei os olhos para dentro , para enxergar o âmago de ser eu, para eu voltar a me ser. E quando eu for lá fora, não vai importar, o céu estará resplandecente.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

São cartazes, aviões, espaços
Letreiros, neon, luzes
Nuvens, viaduto, satélites
Estrelas apagadas, sol quente, vastidão apertada
Foguetes, helicópteros, satélites
Uma música passa liquida e leve
Por entre as brechas da vida acontecendo
Minha cabeça, La embaixo
No concreto, rodopia, cruza caminhos, entra em becos,
Sai em vielas, atravessa avenidas, entra em lugares
Pensa em mil coisas.